sexta-feira, 29 de junho de 2018

Linha após linha





Linha após linha
Dia após dia
Vou escrevendo o que sinto
Vou escrevendo o que vejo
Vou escrevendo o que quero
E por vezes, o que não quero
Podem até dizer que sou repetitivo
Mas que posso fazer
Se só tenho olhos para ti
És quem me inspira
É por ti que escrevo
Uma forma de dizer ao mundo
Tudo o que me fazes sentir
E torna-se fácil a escrita
Porque me fazes sentir tanto
Do carinho à preocupação
Do desejo à emoção
Um pouco de tudo
Muito de tudo
Talvez nada de nada
Mas sinto-me bem
Deito cá para fora
O que já não pode ser contido
Vou enchendo páginas
Livros
De um conto real
De uma vida a dois
És a minha flor
A minha rosa cheirosa
A minha musa inspiradora
O meu tudo

Carlos Santana

quinta-feira, 28 de junho de 2018

E na calada da noite





E na calada da noite
Começa-se a preparar um novo dia
Com agrado
Com energia
Com fulgor
Porque o amanhã 
Só depende de nós
Das nossas escolhas
Das nossas acções
Á luz da lua
Vamos traçando o nosso caminho
Sabemos para onde vamos
Sabemos o que queremos
E é sempre atrás disso
Que temos que ir
Abrir caminho por entre as nossas escolhas
A vida não pára
E nós também não
Sempre em frente
De cabeça erguida 
Com um sorriso nos lábios
E no meio da escuridão
Um brilho no olhar
Reflexo da luz da lua
Que ilumina os nossos passos
Caminhamos seguros
Caminhamos juntos
Lado a lado
De mãos dadas
A descoberta de um novo dia

Carlos Santana

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Não adianta





Não adianta
Por mais que tentasse
Não ia conseguir
Tu és o meu vício
E quanto mais te tenho
Mais te quero
Uma vontade que não passa
Que não tem limites
Que me faz bem
Que me sabe tão bem
Contigo
Em ti 
E para ti
Consigo perder-me
Sem sair do sítio
Só a para ti olhar
Perco-me no brilho dos teus olhos
Nas ondas dos teus cabelos
É um perder com uma vontade
A de nunca mais ser encontrado
De ficar para sempre em ti
A percorrer as tuas curvas
A beijar os teus lábios
Não adianta mesmo
Não me sais da cabeça
Entras em cada um dos meus poros
Para não mais sair
De dois se fez um
Um único ser alado
Um único ser amado

Carlos Santana

terça-feira, 26 de junho de 2018

Vista





Vista
E que vista
A minha vista
Algo tão nosso
Algo tão belo
Algo tão precioso
E que temos que dar tanto valor
Ver pelos que não vêem
Aproveitar o que se tem
Antes que fiquemos sem ele
E é isso que faço
Agora aqui parado
Olho em redor
Vejo com olhos de ver
O que há para ser visto
Sinto com a vista
O que há para ser sentido
E quando fecho os olhos
Recordo todas as cores
Todos os pequenos detalhes
Para que nada falta
Para que possa desenhar um quadro
Que ficará eternamente registado
Dentro de mim
No coração
Na alma
Em todo o meu ser
Ver o que há para ver
De olhos bem abertos
Sentir o que há para sentir
Com o coração escancarado
Sentir o dia
Sentir a vida

Carlos Santana

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Não é sonho





Não é sonho
Não é imaginado
São paisagens que existem
Que descobrimos juntos
No interior do país
Onde tantas vezes
E tanta gente passou próximo
Mas nunca lá foi
As coisas existem
E estão mesmo ali
Á nossa espera
Nesta viagem que começámos
Que queremos continuar
Tanto ainda para ver
Tanto ainda para viver
E vamos atrás de descobertas
De novos sabores
De novos valores
De paisagens de todas as cores
Que seja o verde a primazia
Cor de esperança
Daquilo que nunca acaba
Porque existe sempre um novo dia
E é isso que fazemos
Vivemos um dia de cada vez
Para podermos chegar ao próximo
Para começarmos tudo de novo
Fazer a magia acontecer
A cada novo amanhecer
Porque nós merecemos
Mas acima de tudo
Lutamos a cada novo dia para que isso aconteça

Carlos Santana

domingo, 17 de junho de 2018

E porque não?





E porque não?
Se eu consigo tudo
Basta tentar
Comer loucuras
Voltar a ser criança
As quedas não doem
Velocidade
Vento na cara
Descer a rua
Percorrer a vida
Sorriso nos lábios
Mais depressa 
Mais rápido
Emoção
Aventura
Loucura
Tão bom
Tão doce
Tão meu
Cair
Levantar
Voltar a subir a rua
E mais uma voltinha
Mais uma tentativa
Não desiste
Não cai
Apenas anda
Anda depressa
Anda viver
Anda comigo
Anda amar

Carlos Santana

sábado, 16 de junho de 2018

Vamos a jogo





Vamos a jogo
Porque a vida é um eterno tabuleiro
Vamos espalhando as peças
Peões
Torres
Cavalos
Até o clérigo é representado
Rei e rainha
Lado a lado
Um jogo de estratégia
Feito para pensar
Feito para ganhar
Porque a vida é isso
Lutar
Lutar para ser feliz
Lutar para ser alguém
Ou melhor
Lutar para ser importante para alguém
Para fazer parte da sua vida
Ir movendo as peças no tabuleiro da vida
Porque não podemos parar
Não podemos viver para agradar aos outros
Temos que ser nós
Mostrar quem somos
E esperar que gostem de nós assim
E quando isso acontece
A vida é linda
A vida vale a pena viver
Porque lutámos
Porque vencemos
Porque amamos

Carlos Santana

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Somos o que desejamos





Somos o que desejamos
Somos o que sonhamos
Somos o que realizamos
E assim seguimos
E assim vivemos
Cabelos apanhados
Curtos 
Ou até mesmo rapados
Mas sempre arranjados
E cada sonho
É como uma borboleta
Que primeiro é lagarta
Quando o temos pela primeira vez
Depois faz o seu casulo
Quando ganhamos força
Vontade
Idealizamos o que queremos
E finalmente
A transformação
A borboleta que bate asas
Que realiza
Que corre atrás
O sonho que voa
Que mostra a sua beleza
Um voo que vai espalhando magia
Que deixa um rasto de brilho
Um rasto de sorrisos
De realizações
Um voo que mostra do que somos capazes
E que para isso basta acreditar
Basta voar

Carlos Santana

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Mas há algo melhor?





Mas há algo melhor?
O sol a brilhar intensamente
O som das ondas a rebentar na praia
Areia molhada
Dois seres que se amam
O início de uma manhã perfeita
De uma vida a dois
De mãos dadas
A olhar o oceano
Olhos que bailam como gaivotas
Conchas tão frágeis
No entanto tão resistentes
Feitas à nossa semelhança
Ou nós criados como elas
Que tudo aqguentamos
Que tudo suportamos
Como se o mar nos embrulhasse
E em rodopios constantes
Suavemente nos deposita na costa
Para um pouco de descando
Recuperar energias
E continuar a nossa travessia
Mar para descobrir
Tal e qual a nossa vida
Que aos poucos vamos desvendando
E que cada vez mais vamos tendo a certeza
Do quão importantes
Somos na vida do outro
Como fazemos a diferença
De como somos desejados
De como somos amados

Carlos Santana

sábado, 9 de junho de 2018

Sentado a uma mesa de café





Sentado a uma mesa de café
Muito fumei
Enquanto pensava
Enquanto escrevia
Pedia uma bica
Acendia outro cigarro
Mais umas linhas
Pousava a caneta
Olhava em volta
Via o que me cercava
A forma como a chuva caía
Tudo me faz lembrar de ti
E mesmo hoje
Que o cigarro de outrora 
Já não é meu companheiro
Continuo a escrever
De forma ligeira
De forma inocente
De forma pura
Tudo aquilo que sinto 
Tudo aquilo que me fazes sentir
Coisas que eu nunca pensei que existissem
Que fossem possíveis
Mas graças a ti
Vejo o mundo com outros olhos
Com outras cores
Agora até entendo a beleza da chuva
Daqueles dias cinzentos e frios
Mas que a teu lado
Bem poderiam ser um dia de calor
Numa qualquer praia deserta

Carlos Santana

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Caminhos de ferro





Caminhos de ferro
Feitos para durar
Para aguentar o passar do tempo
São trilhos para uma viagem
Onde nós somos os passageiros
Muito antes de nos conhecermos
Já eles tinham sido feitos
Caminhos de ferro
Para corações de ouro
As nossas escolhas
As nossas decisões
Levaram-nos a apanhar a mesma linha
A mesma carruagem
Sorte ou não
Talvez encontro fortuíto
Não importa
Importa sim o que fizémos 
Para continuar esta viagem
Lado a lado
Vendo a paisagem que passa juntos
Olhando para o pôr do sol
Que por mais vezes que o vejamos
É sempre como se fosse a primeira vez
Um pouco como a nossa história
Que não deixamos que esmoreça
Que em cada novo dia
Encontramos algo novo para fazer
Assim é a vida
Assim é a viagem 
Por estas linhas fora
Que há muito foram construídas

Carlos Santana

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Vem com tudo





Vem com tudo
Sem medos
Sem receios
Estica a mão
Eu sempre aqui
A qualquer hora 
A qualquer momento
Faz tempo que demos as mãos pela primeira vez
E desde então que nunca mais largámos
Mas lembrar é sempre bom
Para que nunca te esqueças
Porque nós somos diferentes
Somos para sempre
Somos eternos
Por isso estica a mão
Vais sentir a minha
Que te ampara
Que te segura
Que te leva por caminhos desconhecidos
Mas de onde sempre voltamos
Seguros
Divertidos
Em paz
Levo-te pela mão
Não te deixo parar
Juntos esta vida é vivida
Com carinho 
Com alegria
Com respeito
Com muito amor

Carlos Santana

terça-feira, 5 de junho de 2018

E num mundo a preto e branco





E num mundo a preto e branco
Feliz daquele que vê a côr
Que para além de a ver
Ainda consegue ser côr
E a dá a outros
Num mundo cheio de insignificância
De tanta maldade
De imensa arrogância
Feliz aquele que não liga a isso
Que mesmo no meio de tanta indiferença
Continua em frente
Com um sorriso nos lábios
Com uma palavra amiga
Com um ombro onde nos podemos encostar
Mas esta côr não depende dos outros
Depende de nós
Daquilo em que acreditamos
Daquilo que fazemos
Daquilo que damos
Porque quanto mais damos
Mais recebemos
Somos o verde da esperança
O azul do mar
Somos o amarelo do sol
O vermelho côr de fogo
E é isso que temos que ser
Por mais pequeno que possa parecer
Podemos fazer a diferença
Podemos ser o porto de abrigo de alguém
Como tu és o meu
Uma luz que ilumina o meu caminho
E que fez toda a diferença na minha vida

Carlos Santana

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Espanto no rosto





Espanto no rosto
Ribanceira abaixo
Sem travões
Assim é a vida
Assim somos nós
Embalados pelo prazer de viver
Vamos vida abaixo
Vida acima
Mas sempre a fundo
Sem medos
Vivemos intensamente
Percorremos estradas
Nunca antes percorridas
Nunca antes vistas
Ou vistas pela primeira vez 
Com os nossos olhos
Percorremos florestas encantadas
Quer faça chuva ou sol
Nada nos pára
Muita alegria
Muita vontade
O vento que nos bate na cara
Mostra que é real
Que é verdadeiro
Que é delicioso
E aí vamos nós
Monte abaixo
Saboreando a vida
Sorriso nos lábios
Amor no coração

Carlos Santana

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Um lugar ermo





Um lugar ermo
Um lago solitário
Nada melhor que isso
A calma
A paz
A solidão necessária
Para assimilar tudo
Colocar as ideias em ordem
Poder ficar como a alma
Completamente nú
Entrar água dentro
Aquele frio inicial
Que nos faz tremer
Ficar duros
Mas que revigora
Poder mergulhar
E ficar ali a boiar
A ouvir a cascata que corre
A olhar o céu azul
A pensar na sorte que tive
Em te ter conhecido
Em teres aparecido na minha vida
Não que precisasse de estar sozinho
Porque sei bem o que quero
Mas aqui revigoro as minhas forças
Posso gritar a plenos pulmões
Sem que seja interrompido
Sem que fiquem a olhar para mim
Aqui sou o que sou junto a ti
Aqui sou simplesmente eu
Que grita ao mundo 
O amor que por ti sinto

Carlos Santana