Sou livro aberto
Nada a esconder
Mas não me tentes ler
Nem tão pouco fechar
Sou luz
Sou ar
Sou nada
Sou tudo
Sou o que sou
Como sou
Quando sou
Páginas em branco
Prontas a serem escritas
Reescritas
Quem sabe?
Nem eu
Nem tu
Um velho livro aberto
Numa velha mesa
Numa vida que já vai a meio
Que se quer vivida
E nunca contida
A minha história
Escrevo eu
Escrevo a tinta
Que tempo não tenho
Tenho sede de viver
De virar a página
De escrever muito mais
De apenas ser eu
Carlos Santana