sábado, 30 de novembro de 2019

Diferente?





Diferente?
Sou com toda a certeza
Não encaixo nos padrões normais
Mergulho de cabeça
E logo mais vejo o que acontece
São túneis e mais túneis
Apenas com uma candeia na mão
Ir à descoberta
Ver o que acontece
E o que acontece é magia
Vamos onde nunca fomos
Conhecemos quem nunca conheceríamos
Apenas porque vamos sem medo
Vivemos
Não fazemos de conta
Porque isso não existe
Nem nos livros
POrque esses contos
São reais
Na cabeça de alguém 
Na vida de alguém
Cabe a nós escrever o nosso
Ir até onde nunca ninguem foi
Dar tudo de nós
De peito aberto
Enfrentar o desconhecido
Rir do perigo
Porque não há nada melhor
Que andar de cabeça erguida e sorriso nos lábios
Diferente?
Sou pois
Mas se tiver que falhar
Que seja por ter dado tudo de mim

Carlos Santana

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Turbilhão de emoções





Turbilhão de emoções
Querer sem ter
Ter sem querer
Sei lá
Complicado
Estranho
Intenso
Olho e fico tonto
Mas tonto já eu sou
E que tonto sou
Rodopio sem parar
De braços abertos
Cabeça para trás
É até cair
Até me estatelar no chão
Partir a cara
Rir de mim
Levantar 
Continuar
Rodar até mais não
Tudo posso
Sou flor
Sou dor
Sou aço 
Sou vidro
Apenas sou
Apenas eu
Louco
Tonto
Humano

Carlos Santana

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Equilibrio





Equlíbrio
Desequilíbrio
Uma arte
Desengonçado
Uma dança
Ao som da música
Passo a passo
E pé ante pé
Ao som da vida
Aí vou eu
Rodopio
Cabelo solto ao vento Salto Não páro Tropeço
Sorrio
Caio Levanto Danço Faz parte Cai a lágrima
Ao som da vida
Enfrento Luto Descanso Mas danço Ao som da música
Mas se o dia chegar
Parar é morrer E eu quero ser eterno Vai ser a dançar
E vou com um sorriso e um assobio
Que daqui vou parir Vou contrariado mas vou Porque a mim ninguém me cala
Carlos Santana

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Estrada sem fim





Estrada sem fim
É por aí que vou
Sem medos
Sem pressas
Apenas pela viagem
Sentir o vento
Esse eterno companheiro
Que vai assobiando
Nada na cabeça
Completa ausência de pensamento
Vou por instinto
Sem destino
Sem rota traçada
Nem tão pouco um caminho
Nada de nada
Apenas ir
Porque esta viagem não tem volta
Não tem nova tentativa
Não é escrita a lápis
Não há borracha que a salve
Enrolar punho
É para ir a fundo
Aproveitar a vida
Comê-la à mão
Da maneira que melhor sabe
Rumo ao horizonte
Descobrir o que por lá anda
Ou nunca lá chegar
Sei que vou
E sempre com um sorriso nos lábios

Carlos Santana

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Sem medos





Sem medos
Anda daí
Enfrenta o frio
Enfrenta a chuva
Vem até mim
Vamos dançar até cair
Dançar a chuva
Completamente encharcados
Loucos
Felizes
Risonhos
Crianças
Sem maldades
Sem nada
Apenas a alegria
De estar juntos
De estar ali
Debaixo de um mesmo céu
A partilhar um momento
Daqueles que se torna eterno
Nas linhas de um poema
Ou naqueles versos que escrevo
Apenas por prazer 
Por vontade
De relembrar o que foi feito
De sonhar o que está para vir
E nesta dança à chuva
Refresco o meu ser
Lavo a minha alma
Descanso a minha consciência
E escrevo
Escrevo sem parar

Carlos Santana

domingo, 24 de novembro de 2019

Ficar quieto





Ficar quieto
Boca fechada
Olhar a magia a ser criada
Mais um nascer do sol
Uma calmaria serena
Cores que nascem
Que brotam
Que se misturam
São como um bailado 
Flutuam sobre as águas
Sem nunca se tocarem
Uma reflete a outra
E eu aqui
Parado
Sem pestanejar
A apreciar este espetáculo
Sem saber o que dizer
Sem saber o que pensar
Um momento parado no tempo
Onde nada acontece
Apenas estamos
Apenas somos
Não sabemos bem o quê
Mas não importa
Temos a alma cheia
Está em paz
Contente
De ver esta quietude
Onde nada importa
Mas tudo conta

Carlos Santana

sábado, 23 de novembro de 2019

Não te quero ver





Não te quero ver
Quero abraçar-te
Quero sentir-te
Quero cheirar-te
Apenas te quero
Aqui
Agora
Dar-te uma flor
Um ramo
Um jardim
Mas aqui
Ao pé de mim
Ao meu lado
Tratar dele em conjunto
A dois
Regar
Ver crescer
Colher
Coisas tão fáceis
Tão simples
Mas que dão prazer
Um prazer que faz sorrir
Que faz cantar
Que apenas nos faz sentir bem
Sim é a tua presença que eu quero
Sentir-te aqui
Apenas estar
Apenas ser
Apenas ficar

Carlos Santana

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Desenganem-se





Desenganem-se
Não existe fragilidade
Existem sentimentos
Não existe falta
Existem saudades
Não preciso de trono
Nem tão pouco de reino
Existe vontade
Garra
Teimosia
Orgulho
Coisas boas e más
Que fazem de mim o que sou
Não há regras nesta selva
Cada um faz o que pode
E eu faço tudo
Não há meio termo
Entrega total
Umas vezes besta
Outras bestial
Umas vezes calmaria
Outras tempestade
É o que temos
É o que sou
Mergulhar de cabeça
Sem medo
Sem receio
Brilhar 
Partir
Simplesmente amar

Carlos Santana

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Olha as horas





Olha as horas
O tempo passa
Cada vez mais depressa
Não pára
Nem tão pouco abranda
Metade já passou
E nem adianta olhar para trás
Já era...
Cuidar do que temos
Dar tudo de nós
Mas dar tuo sempre
Não só às vezes
Sempre
Para que não murche
Para que a flor continue mimosa
Essa flor que te dei
Repleta de sentimentos
Carente de cuidados
A hora avança
Avança rapidamente
Momentos vividos
Momentos para viver
Uma viagem louca
Que nos faz loucos
Seguimos em frente
Não paramos
Vamos a trote
Vamos a galope
Simplesmente vamos
Porque a hora...
Essa não pára

Carlos Santana

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Vidas





Vidas
Vidas que começam
Vidas que terminam
Fecho os olhos
Sinto as raízes
Aquelas que de mim brotam
Árvores que crescem
Que espalham a sua ramagem
De olhos fechados
Vejo os dias passarem
Passam enquanto estou parado
Ramos que me calam
Que me fecham os lábios
Apenas observo
Os pássaros que voam
Bandos deles
Todos unidos
Ajudam-se
Para atingirem um destino
Assim devíamos ser nós
Construir um  ninho
Com carinho
Para que dure
O nosso canto
Onde se canta
Onde se ama
Aqui do alto da árvore
Que nos dá abrigo
Olhamos a vida
Com fé 
Com esperança
Com vontade de a viver 

Carlos Santana

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Só porque sim





Só porque sim
Porque posso
Porque apetece
Palhaço por palhaço
Sou o que quero
Quando quero
E onde quero
Sou eu
Apenas eu
E mais eu
Fecho-me em mim
Reviro-me de fora para dentro 
De dentro para fora
Ando por aí de cabeça no ar
Ou até mesmo sem cabeça
Palhaço triste
Palhaço alegre
Palhaço rico
Palhaço pobre
Apenas palhaço
Palhaço do terror
De meter meto
Ou de provocar risadas 
De fazer doer a barriga
Palhaço sim
Estou aqui
Pintado
Mas sem máscaras
Palhaço sim
Mas sempre eu

Carlos Santana

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Pela rua deserta





Pela rua deserta
Caminho em sossego
Com o desassosssego de ser eu
Este silêncio pesado
Que me grita na alma
Que me arrasta
Que me empurra
Não sei onde vou parar
Mas sei para onde quero ir
Vou por sentidos proibidos
Quelhos fechados
Aos tombos 
Aos caídps
Mas não paro
Persigo a luz
Aquela que se apaga dentro de mim
Quero que brilhe
Que ofusque
Que alumeie para sempre
Que traga claridade a estes caminhos
Caminhos onde me perco
Que me levam numa viagem interior
Bem perdido lá dentro
Nem vejo
Nem olho
Nem reparo
Não sei o que me rodeia
Perdido
Sem teto
Sem chão
Sem nada

Carlos Santana

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Cuidado





Cuidado
Não basta parecer
Tem mesmo que ter
Um pouco de atenção
Um pouco de respeito
Um pouco de carinho
É preciso ter mesmo muito cuidado
Não adianta estar enfeitado
Parecer bonito por fora
Quando por fora é só casca
Casca que se degrada
O que importa é o que lá vai dentro
O sentir
O querer
A atitude
Aquela gentileza
De quem pode ter tudo
E tudo receber
Que gentilmente aceita em suas mãos
O que de mais belo existe
Seja a fina flor
Ou o mais sensível coração
Muito cuidado
Porque ambos sangram
Ambos choram
Não adianta a beleza da mão
Importa sim a sensibilidade da alma
Podem ser mãos toscas
Cortadas pela vida
Mas que com o seu suave toque
Tudo fazem florescer

Carlos Santana

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Ajoelho-me





Ajoelho-me
Encho uma mão de areia 
Cheia de tudo
Cheia de nada
Construo castelos
Mas não são feitos de areia
Como aquela que me escapa 
Por entre os dedos
Por entre as mãos
Por entre a alma
São castelos de sonhos
De realidade
De muito amor
De muito carinho
Castelos lindos
Enormes
Castelos que brilham
Que sentem
Que riem
Castelos junto ao mar
Junto a ti
De mim para ti
Onde moramos
Onde amamos
Mãos cheias de sonhos
Mãos cheias de vida
Mãos que cuidam
Que te agarram
Que te amparam
Mãos que caminham ao teu lado
Que te abrem as portas
As portas do reino da felicidade

Carlos Santana

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Sinto-te em mim





Sinto-te em mim
Tenho a tua fragrância 
No meu ser
No querer
No meu ter
No eu que é teu
Um perfume belo
Intenso
Que não dá para descrever
Apenas sinto
Apenas tenho
Apenas sou
Sou teu
Porque assim tem que ser
Porque é o que quero
É como me sinto bem
Como sou feliz
Tu pairas no ar
Fecho os olhos 
Vejo-te
Sinto-te
Cheiro-te
Quero-te
Perto de mim 
Tão perto que te posso tocar
Que te posso ver
Mesmo não passando de partículas
És tu que ali estás 
Em frente a mim
Rodeando-me
Abraçando-me
Fazendo-me sonhar

Carlos Santana

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Quero





Quero
Quero levar-te pela mão
Vamos até ao meio da pista
Dançar ao som da música
Que saudades disso
Das festas que fomos
Dos bailes onde dançámos
Rodopiamos na pista até de manhã
Asas nos pés
Ou pés de chumbo
Não importava
As gargalhadas de damos
Aquele sorriso sincero
Ritmos quentes
Que nos invadem
E ali andamos nós
Olhos nos olhos
De mãos dadas
Parecemos dois loucos
Que dançam sem parar
Mas é tão bom
Estar ali contigo
A cintura de um lado para o outro
Sempre em movimento
Um beijo aqui
Outro ali
Mais perto
Mais longe
Mais calmo
Mais forte
Não paramos
É até ao raiar do dia

Carlos Santana

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Leve





Leve
Fresco 
Fofo
De mil cores
De mil sabores
É assim que me sinto
É assim que me fazes sentir
Flutuo pelo ar
Carregado de balões
Repleto de emoções
De sentimentos
Sou um pouco de tudo 
Um pouco de nada
Mas cheio
Cheio de amor para te dar
Para te levar comigo
Para onde quiseres ir
Porque é isto o bom de sentir
Não importa onde
Basta olhar 
Ver com a alma
Despir o nosso ser
Daquilo que nos prende
Da opinião alheia
Viver por nós 
Para nós
Encher mais balões
Cada vez mais
Um por dia
Um por experiência
E nós temos tantas
Que são para sempre
Que são daqui à Lua

Carlos Santana

domingo, 3 de novembro de 2019

Sou rainha





Sou rainha
Rainha deste baralho
Rainha disto tudo
Armada até aos dentes
Porque posso 
Porque quero
Assim sou eu
Rainha guerreira
Rainha corajosa
Que manda neste tabuleiro
Que mexe as peças quando quer
Como quer
Entro na guerra para ganhar
Desistir não faz parte do meu vocabulário
Hoje na corte
Amanhã no campo de batalha
Porque a vida é cheia de lutas
Lutas diárias
Que têm que ser travadas
Que têm que ser vencidas
E eu rainha
Uma mulher de força
Com determinação no olhar
Com pulso firme
Justa por natureza
Não brinquem comigo
Não me aticem
Porque eu solto os cães
E vou para a luta
De peito aberto
Contra tudo
Contra todos
Aqui estou
Rainha deste baralho

Carlos Santana

sábado, 2 de novembro de 2019

Sem explicação





Sem explicação
Há dias assim
Em que não estamos mal
Nem estamos muito bem
Apenas estamos
Somos invadidos por um vazio
Ficamos pensativos
Mais lentos
Mais nostálgicos
E é quando ela surge
Nos brota dos olhos
E escorre pela face
Aquela lágrima teimosa
Carregada de saudade
Dos momentos vividos
Do que ainda falta viver
Não é uma lágrima de dor
É apenas daquelas de quem sente falta
De que as coisas são boas
Que são para ser vividas
Uma lágrima que nos lembra
De que nem sempre é fácil
Que a espera é uma ditadora
Mas que ao mesmo tempo nos relembra
Que vale a pena
Que é por isto que lutamos
Que amanhã será melhor
Porque estaremos juntos
Porque estaremos abraçados
A trocar beijos 
A trocar carinhos

Carlos Santana