Hoje ainda não te disse

Hoje ainda não te disse

Mas...

Eu amo-te

E amo amar-te

Em todas as suas formas

Nas suas incontáveis maneiras

Desde o simples sorriso

Passando por um abraço apertado

Ou aquele beijo intenso

Tudo o que me fazes sentir

Quando estou perto de ti

Mas é longe que tudo aumenta

Que me agarro a tudo

Mesmo sem ter nada

Mas sempre com esperança

Não consigo explicar

Nem sei como explicar

Sei o que sinto

O que vai cá dentro

As explicações fogem-me

Por mais que as tente encontrar

Não há maneira de o fazer

Apenas sinto

Apenas quero

Apenas sei

Quero estar contigo

A teu lado

Hoje

Agora

Sempre

Carlos Santana

Paz

Paz 

Harmonia

Tranquilidade

Tudo o que preciso

Tudo o que quero

Tudo o que me dás

Mesmo quando me deixas louco

Sem saber o que fazer

Eu encontro o caminho

Respiro fundo

Aceito

Sei que és assim

E não quero que mudes nunca

Porque foi dentro desta loucura

Que nos encontrámos

Que nos conhecemos

Que fomos fazendo planos

Deste-me a conhecer novos horizontes

Abri as asas e voei

Mas não para longe

Voei em teu redor

Em busca das tuas mãos

Do teu carinho

Do teu beijo

E foi no aconchego do teu colo

Que me encontrei

Que encontrei tudo o que precisava

O sentido da vida

E do que queria para mim

Porque o  que eu mais quero

És tu

Carlos Santana

Existe pois

Existe pois

Aquele recanto escondido

A que podemos chamar paraíso

Onde nos podemos refugiar

Apenas pensar

O nosso escape

Onde voltamos ao início

Onde nada existe

Só nós

Com o nosso pensamento

Um pequeno paraíso na terra

Onde ninguém nos encontra

Sem ilusões

Apenas sonhos

Rodeados de verde

Verde esperança

E ao mesmo tempo

Aquela água fria

Que nos dá banho de realidade

Estamos bem

Pés no chão

Cabeça no ar

Sorriso nos lábios

Respirar bem fundo

Quase até rebentar

Até não poder mais

E gritar bem alto

A plenos pulmões

Eu estou aqui

Este é o meu mundo

Carlos Santana

Palavras

Palavras

São tantas as que escrevo

E todas ela com significado

Nem que seja só para mim

Podem ser difíceeis de entender

Porque até eu às vezes fico confuso

Não é fácil

Tentar escrever sentimentos

Principalmente quando o que sentimos

Não tem palavra que o defina

Andamos de volta

Ilustrando o que sentimos

Mas por mais que escreva

Não consigo

Não dá para escrever tudo

Teria queinventar palavras

Porque a cada dia que passa

Um novo sentimento chega

Como se fosse a nascente de um rio

Não pára

Sentimentos atrás de sentimentos

Que dão para escrever livros

Que enchem o meu peito

Que alegram a minha alma

E eu bebo

Bebo da nascente desse rio

Sofregamente

Porque é o que preciso

Porque é assim que quero

Porque é assim que vivo

Carlos Santana

Olhar

Olhar

Olha bem no meu

Tanto para te dizer

Que nem sei por onde começar

Por isso olha

Olha bem

Vais ver saudade

Vais ver a falta que fazes

A alegria que dás

O prazer que tenho

Tanta coisa

E sem te dizer nada

Só de olhares no meu olhar

Vais ver a ternura

O carinho

O desejo que me provocas

Olha com olhos de ver

Esses que tu tens

Que são só teus

Olha nos meus

Que só se abrem para te ver

És a luz que me ilumina

Que me incandeia

E que me deixa cego

Olha bem para mim

No que tens à tua frente

Olha nestes olhos que te observam

Em tudo o que te dizem

E tudo sem abrir a boca

Porque quando a abrir

Será para te beijar

Carlos Santana

Vida

Vida

Vida que nasce

Vida que acaba

Vida que se vive

São escolhas

Decisões

Umas acertadas

Outras nem por isso

São balões de ar quente

Que partem rumo ao desconhecido

Sobem alto

Bem alto

E de lá de cima

Olham cá para baixo

Pensam

Repensam

Nas decisões tomadas

No que pode ser feito

No que pode ser dito

E tal como a vida

Com seus altos e baixos

As decisões podem ser alteradas

Para que a vida seja plena

Da maneira como queremos

Como a sonhamos

Temos que arriscar

Sem medos

Subir pelos ares

Rumo à felicidade

Porque ela está já ali

Para ser agarrada

Apreciada

Para que seja apenas vivida

Carlos Santana

Loucuras

Loucuras

São as coisas que faço

Que me dão prazer

Que quero fazer por ti

Sou assim

Não sei ser meio termo

Ou tudo ou nada

Não me entrego pouco

Chamem-me louco

Porque têm razão

Sou mesmo

Louco de amor

Loucuras que faço

Têm razão

Têm significado

É a paixão que arde dentro de mim

E se te prometo a lua

Eu vou cumprir

Ganho asas

Transformo-me em avião de brincar

Meto molas nos pés

Faço o que for preciso

Mas não desisto

Desistir é para os fracos

Para os que não gostam a sério

Ou nunca gostaram

Não pode haver meio termo

A vida é curta de mais para dúvidas

Eu sei o que quero

Sempre soube

É por isso que luto

É por isso que salto sem medo

É por isso que sou louco

Carlos Santana

Equilíbrio

Equilíbrio

É o que me dás

É o que quero ser para ti

Para que nunca pares

Para que o caminho 

Seja sempre em frente

Seja sempre constante

Para que tenhas sempre a certeza

De que não vais cair

De que não te largo

Que a dois

Tudo fica mais simples

Mais fácil de suportar

Melhor de viver

Somos a loucura que falta

Ou a realidade bonita

Que nos faz viajar

Que nos faz sonhar

Vida não é fácil

Mas temos que concordar

Fica muito melhor 

Quando estamos lado a lado

Moramos num mundo só nosso

Onde tudo podemos

Onde tudo conseguimos

Porque esta vida foi feita para nós

A dois

Juntos

Confiantes

Amados

Equilibrados

Carlos Santana

Não há nada melhor

Não há nada melhor

Do que estar onde nos sentimos bem

Onde o sorriso nasce

Onde brincamos

Onde descansamos

E nos sentimos seguros

Sentir o teu calor

Um calor que não passa 

Que não apaga

Onde sou protector

Onde sou o protegido

Porque no fim é disto que se trata

Dar tudo sem esperar nada em troca

Mas receber muito mais do que se dá

Porque um simples sorriso

Não tem paga

Inunda o meu ser

E é nas pequenas coisas

Que temos  os grandes prazeres

O privilégio de te ter

Deitada no meu peito

Ver-te adormecer

Sabendo que nada vai acontecer

É a paz que reina

Serenidade

Tranquilidade

O descanso do guerreiro

Aproveita

Descansa agora

No meio do meu abraço

Carlos Santana

Descaso

Descaso

Sim, sou fruto dele

Sem saber o motivo

Nem tão pouco os porquês

Coisas que acontecem

Coisas da vida

Sem explicação

Ou sem a quererem dar

Mãos entorpecidas

Cansadas

Velhas

Mas com a mesma força

Com a mesma vontade

São mãos que não desistem

De quem trabalha

De quem dá carinho

De quem tem amor para dar

Continuam aqui

A cumprir promessas

São o exemplo do homem de palavra

Daquele que ainda existe

Que dá valor ao que é

Já somos pouco

Para tão poucos

Mas homem sem palavra

Não é homem

Não é nada

O tempo passa

Mas a vontade aumenta

As mãos continuam aqui

Abertas

Mas a descansar

Carlos Santana

Sexo

Sexo

Tão fácil chamar a atenção

Mas nem tudo gira à volta dele

Existe muito mais

Que nos sabe melhor

Que nos torna melhores

Quando não é apenas o instinto 

Aquela vontade animal que nos guia

Sabemos esperar

Aguardar pelo que queremos

Por quem queremos

Porque vale a pena

Ver o sorriso

Ser conforto

Dar a mão

Ser aquele que procuram

Na altura do aperto

Prque podem contar contigo

Sexo é bom

Muito bom mesmo

Melhor ainda com quem se gosta

Com quem se ama

É um fluir de prazeres

Desde o prazer do olhar

Ao prazer da carne

Mas o prazer maior é estar ao teu lado

Mesmo sem nada dizer

Sem nada fazer

Apenas a olhar para ti

Porque aqui

Vive-se amor 24 horas por dia

Carlos Santana

Sei lá

Sei lá

Sou tantos

E ao mesmo tempo

Sou nenhum

Sem ver

Sem sentir

Sou tudo 

Sou nada

Em todo o lado

Em lugar nenhum

Ecos de mim

Do que já fui

Do que sou

Estou aqui

Mas a fazer o quê?

De olhos vendados

Cego

A tudo o que me dói

Ao que não quero ver

O tempo que passa

Que me seca a pela

Vou-me desfazendo

Pedaço por pedaço

Sombra do que fui

Ilusão do que sou

Desaparece a vontade

A alegria

A força

Fica a memória

Aquela que nunca será apagada

Que fica gravada

Eternamente gravada

Aqui bem dentro de mim

Carlos Santana

Se alguém perguntar

Se alguém perguntar

Podem dizer

É ali que vivo

Num mundo meu

Só meu

Criado à minha imagem

Um mundo de sonho

Onde tudo corre bem

É o meu refúgio

O meu mundo louco

Que me mantém são

Ao fugir da loucura 

Do mundo real

Aqui sou eu

Sou tudo 

E sou nada

Mas sou

Sou o que quero

Como quero

Isolo-me nas montanhas

Mergulho no rio

Aquela água fresca

Que refresca a alma

Que me lava por dentro 

Que me inunda o espírito

Percorro a ponte

Vezes sem conta

Entre cá e lá

Sendo que o lá

É cada vez mais o meu cá

A minha fuga

A minha escapatória

O meu mundo novo

Carlos Santana

Sou anjo

Sou anjo

Anjo caído

Anjo sem asas

Que anda por aí

Sem eira nem beira

Sou eu

Mas o que sou eu?

Diabo

Aquele que ninguém quer

Que todos rejeitam

De quem ninguém quer estar perto

Sou mesmo talvez diabo

Quem sabe

Que tentou voar

Que perdeu as asas

Que caiu

Que partiu a cara

Sou meigo

Sou duro

Sou bruto

Mas sempre verdadeiro

Dou prazer

Tenho prazer

Numa simples companhia

Numa conversa

Num riso

Sou eu

Mas não sei quem sou

Anjo 

Diabo

Os dois

Sou eu

Dianjo

Simplesmente Dianjo

Carlos Santana

Felicidade

Felicidade

Fácil de ter

Fácil de perder

Felicidade

Está nas pequenas coisas

Num bom dia

Num obrigado

Num sorriso

Aquele sorriso que nos faz tão bem

Pequenas coisas

Tão pequenas que é raro dar valor

Mas que existem

Que no seu acumular

Fazem algo grandioso

Fazem o nosso ser

Sentir-se aconchegado

Aquela sensação que não se descreve

Que apenas se sente

E assim nasce a felicidade

E com ela nasce um novo eu

Que anda de bem com a vida

Que ri

Que canta

Que salta

Que se sente mesmo bem

Aparece do nada

E com nada desaparece

Mas se me perguntassem o que era

A resposta estaria sempre pronta

Felicidade, é ver um sorriso nos teus lábios

Carlos Santana

Mais um dia

Mais um dia

Só mais um dia

Por vezes é tudo o que precisamos

Para dar as mãos

Para olhar nos olhos

Para sabermos distinguir

Quem nos quer bem

De quem não nos quer

Mais uma tarde

Mais um fim de dia

O sol que se põe

A vida que passa

Que acaba

Que se aproxima do seu fim

As palavras que ficam por dizer

As dúvidas não esclarecidas

A certeza da incerteza

No nada dizer

No nada sentir

No nada querer

Mas isso não é para mim

Quero tudo 

Sinto tudo

Digo tudo

Talvez mais do que deveria

Mas não sei ser de outra maneira

Pessoa de extremos

Que vive intensamente

Que dá a mão para não largar

Até que a força se vá

Até que os olhos se fechem

Até que a vida acabe

Carlos Santana

Pouco tenho para te dar

Pouco tenho para te dar

Sou pessoa simples

Sem grandes posses

Sou o que vês

Nem mais

Nem menos

Com todos os defeitos

Com todas as qualidades

Não te posso dar o mundo

Porque já é teu

Mas vou dar-te a lua

Ou encontrar maneira de o fazer

Só para te ver sorrir

Só para te ver brilhar

Vou na cauda de uma estrela cadente

Dou a volta ao universo

Faço o que for preciso

Mas a lua será tua

Nem que seja quando a olharmos

Sentados naquele naco de jardim

Juntos

A olhar na mesma direcção

Nesse momento saberás

Tudo o que representas para mim

Aquilo que sinto

Aquilo que quero

Aquilo que me fazes ser

Porque és dona deste mundo

Serás dona da lua

E já és dona de mim

Carlos Santana