segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Fim





Fim
Este acaba hoje
Amanhã começa o novo ano
Mas hoje ainda muito para fazer
Muito para pensar
Será que fizemos tudo o que podíamos
Dissemos tudo o que queríamos dizer
Foi um ano de oportunidades
Em que cada dia vinha em branco
Como as páginas de um livro
Que querem ser escritas
Que querem ser preenchidas
Cheias de sentimentos
Repletas de momentos
Por isso não percamos tempo
Pensamos no que se passou
E fica lá guardado
No passado
Uma lição
Que levamos para o novo ano
E começamos logo no primeiro dia
Cheios de força
Para que nenhum dia passe sem sentido
Para que nenhuma página fique em branco
É a nossa história
A nossa vida
Temos que a tomar pelas rédeas
Fazer com que valha a pena
Porque só temos esta
Aproveitar cada momento
Viver sem limites

Carlos Santana

domingo, 30 de dezembro de 2018

São dias que passam





São dias que passam
A memória que não falha
Um sem fim de sentimentos
De cada passeio dado
A vontade de ir
De estar só mais um pouco
Estar ao teu lado
Sentir o que os loucos sentem
Amor que cresce
Uso todo o meu ser
Dou  tudo o que tenho
Alma que sente
De maneira diferente das outras
Enorme e saudosa
Sempre a pensar em ti
A forma de passar o tempo
Umas tardes solarentas
De uns dias bem passados
A olhar o mar
Desejar que a distância encurte
E ela teima em não diminuir
Sempre no mesmo sítio
Aquieta-te coração
Usa as lembranças
De que te foste enchendo
Ajuda-te nesta hora
De frente para o mar
E recorda com prazer o que te faz sentir
Saudade
Saudosas
Saudades

Carlos Santana

sábado, 29 de dezembro de 2018

Será que existo?





Será que existo?
Que reparam em mim
Ou sequer se faço falta
Barba por fazer
Que já cobre os lábios
Olheiras 
Das noites mal dormidas
Aquelas em que pensamos mais 
E dormimos menos
Tapando os olhos
Ou fazendo de conta que estão tapados
Chapéu na cabeça
Que já me cobre as brancas
Que me protege do sol
Que me deixa ver mais longe
Ou será que me turva a vista?
Já nem sei
Mas uso
Continuo a usar
Continuo a lutar
Um homem estranho
Que na sua estranhesa se encontra
Armadura posta
Ou deposta
É como calhar
Uns dias sim
Uns dias não
Mas todos eles vividos
Não sei bem como
Uns com pala
Outros sem
Mas todos eles aproveitados
Um de cada vez
Um depois do outro

Carlos Santana

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Vontade





Vontade
Mas mesmo muita vontade
De te dar um daqueles beijos
De faltar o ar
De nos levar daqui
De nos fazer sonhar
Um daqueles beijos
Que beija o corpo todo
Só de beijar a pontinha do nariz
Um daqueles beijos intensos
Daqueles que nada falta 
Que tem de tudo
Desde aquele desejo intenso
Até ao sentimento mais puro
Um beijo que não cansa
Que se faz presente
E que tira a ausência
Beijo que mata a saudade
E faz com que nasça o amor
Beijo que transforma este mundo
No local mais perfeito para se viver
Aquele tipo de beijo
Que não existe nenhum outro igual
Que só quem recebe e quem dá
Conseguem perceber
Tamanhos são os sentimentos dados
Nesta tocar de lábios
Que tocam a própria alma
Um beijo beijado
Que não deixa nada por beijar
Beijando por completo o próprio ser

Carlos Santana

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Mais um Natal que passou





Mais um Natal que passou
Prendas abertas
Com euforia
Com alegria
Mas nenhuma 
Era o que eu queria
Impressionante o valor que damos 
Ao que nos rodeia
Ao que vamos adquirindo
Ao que temos
Ao que desejamos
Mas nada é suficiente
Quando temos algo em mente
Fica sempre aquele gosto de quero mais
E eu quero muito mais
Por mais embrulhos
Por mais fitas e laços
Falta algo
Aquela sensação estranha
Que sabemos que está lá
Mas não sabemos o porquê
Pensamos
Repensamos
Olhamos 
E até procuramos por entre o papel amassado
Falta algo
Mas o quê?
Até que a luz nos ilumina
E descobrimos o que tanto queríamos
O que tanta falta nos fazia
O que me faltou
Foste tu, aqui bem ao meu lado

Carlos Santana

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Boas festas 2018





Partidas
Chegadas
Mais um ano que termina
Um novo que se aproxima
Dar graças pelo que conseguimos
Por tudo aquilo que pedimos
Po aquilo que se realizou
Não baixar os braços
E continuar nesta busca incansável de sonhos
Porque o prazer está aí
Em conseguir realizar
Trabalhar para isso
Lutar para isso
Porque os milagres acontecem
Talvez andemos ocupados demais
Para reparar nas pequenas coisas que a vida nos dá
E acreditem, são tantas as coisas que temos
E que não damos valor
Podemos ver
Cheirar
Respirar
Ouvir
Sentir
E se temos tudo isto
Somos uns sortudos
Agradeçam mais
Peçam menos
Desejo a todos vós
Umas festas felizes
E um santo Natal

Carlos Santana

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

E é nas noites frias





E é nas noites frias
Que a solidão aperta
Olhar vazio
Que pensa em tudo e em nada
Que pensa demais
Agitando a caneca nas mãos
Fazendo tempestades lá dentro
O crepitar da madeira que arde
Parecem vozes
Que me enchem a mente
Que não se calam
Que não me deixam descansar
Imagens que dançam no fogo
Que não param
Como um filme estranho
Em que somos atores
E ao mesmo tempo público
Ficamos ali por horas
Inertes
Sem reacção
Sem saber o que pensar
O que fazer
Tão pouco o que dizer
Sabemos o que queremos
Mas não como o poderemos ter
Uma espera insana
Que não nos tira do lugar
Que mesmo apesar do calor
É como se estivéssemos congelados
Tamanho é o frio que me envolve
Que me deixa neste estado amorfo

Carlos Santana

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

O tempo vai passar





O tempo vai passar
E eu vou envelhecer
Mas aquilo que sinto
Aquilo que quero
Só vai aumentar
Tu vais continuar igual
Nos meus olhos
Guardo esta imagem de ti
Em que te vejo sempre igual
Eternamente jovem
Mesmo que envelheças como eu
Nunca irá acontecer dentro de mim
Seremos eternas crianças
Que brincam juntas
Porque o sentimento
Vai muito além da casca
Mora cá dentro
Não dá mudar
E o que sempre te disse
E continuo a dizer
É que estou aqui
Pronto para tudo
Sentado a teu lado
Sempre com uma palavra amiga
Um carinho
Um sorriso
Um beijo
Uma vida para te dar
Porque é isso que tenho contigo
Uma vida
Que à nossa maneira muito singular
A vamos vivendo

Carlos Santana

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

E em tempos há muito idos





E em tempos há muito idos
Éramos heróis
Não tínhamos medo de nada
Partamos rumo ao desconhecido
Entrávamos mata dentro
Armados de um pau
Por vezes um arco
Ou com sorte uma fisga
Donos do nosso destino
Procurávamos dragões
E outros bichos que tais
Ao longe um cão
Pássaros por todo o lado
Fazíamos cabanas
Os nossos fortes impenetráveis
Onde a amizade se reunia
E se ria o dia inteiro
Trepávamos a árvores
Para ver quem chegava mais alto
Eram outros tempos
Em que sózinhos
Éramos um exército
Sem medo de nada
Corríamos o mundo
Mesmo ali no fundo do quintal
Porque a imaginação era imensa
E podíamos ir onde nos apetecesse
E é isso que hoje trago dentro de mim
Essa criança que brinca
Que me faz viajar
Que me faz sonhar
E acima de tudo
Que me faz lutar pelo que quero 

Carlos Santana

domingo, 16 de dezembro de 2018

Não me canso de escrever





Não me canso de escrever
Um escape que tenho
Onde meto para fora
Tudo o que cá vai dentro
Bom ou mau
Não importa
São sentimentos
Que aparecem
Que não podem ser ignorados
Tamanho é o seu tamanho
A imensidão do seu querer
Do seu desejo
A maior parte deles
Belos demais para ficarem guardados
Livres como pássaros
Que querem voar ao vento
Que voam de flor em flor
Mostrando as suas cores
Os seus encantos
O seu amor
E pela escrita
Regista-se o que se sente
Para que fique eterno
Para que nenhum momento 
Fique esquecido
Vivemos a vida momento a momento
Como se fossem fotografias
Que mais tarde são reveladas
Descritas e sentidas
E o texto que as acompanha
Torna tudo mais claro
Mais puro
Mais intenso
Por isso escrevo
Para viver cada vez mais intensamente

Carlos Santana

sábado, 15 de dezembro de 2018

Já não vivo lá





Já não vivo lá
Ou melhor
Nunca lá vivi
Passei por lá
Quando lá em encontrei
Faz parte da minha história
Daquilo que fui
Daquilo que sou
Um aprendizado contínuo
A que chamo de passado
Onde vou beber lições
Umas boas
Outras más
Mas sempre lições
Já não volto para lá
Nem sequer faço ninho
Muito menos vontade
Já passou
Vivo o dia
Este dia que hoje me foi dado
Com todo o aprendizado
Com vontade de aprender mais
De sentir mais
De fazer mais
Para construir o amanhã
Um amanhã repleto de sorrisos
Doce
Um amanhã em que as lutas de hoje
Revelem os seus frutos
Para que os possa degustar
Passado
Presente
Futuro
Não volto
Vivo
Vou lá chegar

Carlos Santana

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Nada cresce por acaso





Nada cresce por acaso
Tem que ser plantado
Regado 
Cuidado
Para que um dia mais tarde
Se possa colher o fruto do nosso trabalho
O que vem rápido
Também vai rápido
E engane-se aquele que pensa
Que como que por magia
As coisas aparecem
Não existe prazer nisso
O prazer está na procura
No encontro
Na maneira como falamos
Como pensamos
Aquilo que dizemos
Ou deixamos por dizer
A mão que ampara
O sentimento
O carinho
A amizade que nasce
Que a cada dia cresce mais
O respeito,
Fundamental em toda a sua existência
Para que no fim
Possamos colher o que foi plantado
Aquela pequena semente
Que brotou
Que lutou
Que venceu
E que apesar de tudo isso
Continua frágil
Continua puro
Continua a precisar de um cuidado diário
Apenas para que seja eterno

Carlos Santana

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Já me faltam as penas





Já me faltam as penas
Mas não as asas
Descansar um pouco
Pensar
Sonhar
Amar
Delirar
Constatar
Reflexões intensas
Perdido entre o sonho e a realidade
Pensamentos que vão
Pensamentos que vêm
Outros ainda que ficam
Posso não voar
Mas posso andar
Caminhar
Vaguear neste trilho chamado vida
Entre decisões
Escolhas
Renúncias
Onde se perde
Mas onde também muito se ganha
Um constante aprendizado
Que nos faz crescer
Que nos faz ser
Que nos faz querer
Abrimos os olhos
Porque é de olhos abertos que se vive
É de olhos abertos que se ama
Já me faltam as penas
Mas não as asas

Carlos Santana

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Tudo conta





Tudo conta
Quando se quer
Quando se deseja
Quando se está bem
Tudo nos faz rir
Aquela gargalhada 
Que vem de dentro
Daquele sítio 
Onde os sentimentos estão
Onde tudo é puro
Tudo é inocente
Tudo é sincero
Do nada criamos um barco
Uma nave espacial
E muito especial
Estamos juntos
Navegamos mares
Viajamos até à lua
Quem sabe um pouco mais além
Saltar de estrela em estrela
Dançar entre elas
Fazer delas o brilho dos teus olhos
Somos crianças
Sem maldades
Na idade da inocência
Em que as pequenas coisas nos dão prazer
Não pensamos nas maldades do mundo
Juntos, apenas queremos a felicidade
Marcar pela positiva
Fazer de maneira diferente
Fazer da maneira certa
Viver a vida
Ser feliz
Fazer-te feliz

Carlos Santana

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Mas agora a sério?





Mas agora a sério?
Há coisa melhor?
Que estar com quem gostamos
Com quem nos sentimos bem
Com quem podemos partilhar ideias
Mesmo que sejam muito estranhas
Surge um sorriso
Inventamos algo mais
Estar calado ao lado de alguém
E o silêncio não ser ensurdecedor
Trocamos palavras caladas
Olhares gritantes
É dar um beijo à chegada
Sentir o cheiro
Aquele calor de um abraço
Que parece que junta tudo
Tudo o que havia de negatividade
Simplesmente desaparece
Como se num dia de chuva
Aquele raio de sol que se abate sobre nós
Que nos aquece
Que nos enternece
Não há nada melhor que isso
Que estar nos braços de quem nos protege
De quem nos faz rir
De quem nos dá paz
Aquela serenidade que precisamos
Para alimentar as nossas ideias
Para alimentar os nossos sonhos
Para poder viver a realidade

Carlos Santana

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

E no fim é isto que importa





E no fim é isto que importa
Deitar de cabeça tranquila
De consciência limpa
No fim do dia
No fim da vida
Nada mais importa
A forma como viveste o dia
A forma como levaste a vida
Estar em paz
Tranquilo
Saber que fiz de tudo 
Que fiz tudo o que podia ser feito
Que não desisto
Que luto
E ao cair da noite
Aquela sensação que me acalenta
Que faz continuar
Aquele calor cá dentro
Que não apaga
Que precisa ser alimentado
Para que seja eterno
E dia após dia
A mesma serenidade
De quem espera
De quem tem calma
Mas o mesmo fulgor
De quem deseja
De quem ama
E no fim do dia
Ou no fim da vida
O que realmente importa 
É a forma como a vivemos

Carlos Santana

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Mais um pôr do sol





Mais um pôr do sol
Um entre muitos
Mais um que ninguém vê
Que ninguém repara
Que não dá valor
Uma ondulação forte
Apenas uma gota no oceano
Aquela que todos pensam que não existe
Que não faz falta
Que é só mais uma
Pequenas coisas que não se sentem
Ou não se querem sentir
Mas que existem
Que estão lá
Que fazem falta
Que são únicas
Que quando finalmente as queremos
Já não estão lá
O sol rebenta
O oceano  seca
A noite perpétua
A areia chicoteada pelo vento
E tudo muda
Da noite para o dia
Do dia para a noite
Mas já não há sol
Só a lua
Que nos dá uma ténue luz
Que nos ilumina um pouco
Mas que não nos aquece
Um tanto faz
Que já não faz diferença

Carlos Santana

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Sou o meu caminho





Sou o meu caminho
A minha estrada
Crio as minhas raízes
Escolho a sombra 
Onde posso descansar
Crio o meu bosque
Repleto de sentimentos
De pensamentos
De coisas boas
De coisas más
Fecho os olhos
Percorro esta estrada
A que dei o nome de vida
São folhas que nascem
Folhas que caem
Ramos curtos
Ou tão grandes 
Que se entrelaçam noutros
Parece o que me vai na mente
Uma guerra constante
Entre o que é 
E o que pode ser
E às vezes a pergunta
Será que não é?
Não sabemos
Ou não queremos saber
Um mundo louco esta minha mente
Com estradas e mais estradas
Ramos e mais ramos
E com um sentir que não tem fim
Um sentir que só te quer a ti
Que só te quer aqui

Carlos Santana

sábado, 1 de dezembro de 2018

O tempo passa





O tempo passa
Passa depressa demais
Já o sinto nas mãos
Já não são o que eram
Mais ásperas
Mais enrugadas
Mais calejadas
Daquilo que fizeram
Daquilo que lhes foi feito
Já hoje é Dezembro de novo
Mais um ano que se vai
Mais um ano que se foi
E nós nem demos por ele
Mas dá que pensar
Se não podíamos ter feito mais
Se fizemos tudo o que gostaríamos de fazer
E enquanto pensamos
Vamos esfregando as mãos
Para as aquecer
Ou apenas para lhes dar algo que fazer
Enquanto nada se faz
Porque o tempo passa
Não o conseguimos parar
E enquanto isso esperamos
Uma palavra
Um gesto
Uma atitude
Para aguentar mais uma hora
Mais um dia
Mais uma vida

Carlos Santana

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Luz o fundo do túnel





Luz ao fundo do túnel
Encontrar forças 
Forças que me levem até lá
Que me arrastem
Que me deem um novo fôlego
Está ali tão perto
Só mais um pouco
Fecho os olhos
Imagino o que está do outro lado
O fresco que me bate na cara
Como se fossem palmadas
Palmadas que me acordam
Que me trazem de novo à realidade
E aqui estou eu
De pé
Mãos na cabeça
Olhar incrédulo
A luz está já ali
Só um pouco mais
Um pé depois do outro
Aguentar firme
Já está quase
Sinto aquele arrepio na pele
Que me faz cerrar os punhos
Que me faz ranger os dentes
Uma força que cresce dentro de mim
Porque eu sou capaz
Não desisto
Luto
Eu sou eu
Apenas eu
Nada mais que isso 

Carlos Santana

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Forte





Forte
Fraco
Feio 
Bonito
Em plena luz do dia
Ou à luz da lua
Cada um sabe de si
Dos caminhos que tem que percorrer
Das dificuldades que passa
Do que come
Do que sente 
Do que ama
Somos apenas um mundo
O nosso mundo
Que gostaria de fazer parte de um outro
Poder tornar este nosso pequenino
Num maior
Onde as coisas são feitas a dois
Não porque não se consiga
Mas porque se torna mais simples
Mais prazeroso
Onde tudo é encarado de forma diferente
Onde um passeio na noite escura
É motivo de riso
Em vez de apreensão e cautela
Onde um mergulho no mar
É apenas diversão
Em vez de uma necessidade
Não somos bestas
Muito menos transparentes
Somos de carne e osso
Seres que sentem
Seres que passam
Seres que vivem

Carlos Santana

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Dias bons





Dias bons
Dias menos bons
Mas todos eles para serem vividos
Da maneira que sabemos
Da maneira que podemos
Estamos rodeados de pessoas
Conhecidos 
Amigos
E aqueles com que sempre podemos contar
Que sabemos que estão lá
Não importa o dia
Não importa a hora
Basta chamar
E aparecem
Vindos do nada
Como num passe de magia
A vida é dura
Muitas vezes agreste
Mas não temos que ser fortes constantemente
Não temos que passar por tudo sozínhos
Não precisamos que o outro faça nada
Apenas saber que está ali
Já é motivo suficiente
Enchemos o peito de ar
A confiança que entra a rodos
Uma esperança que se renova
E depois aquele abraço
Um abraço quente
Que nos fortalece
Que junta todos os cacos
E nos faz novamente inteiros

Carlos Santana

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Lá fora chove





Lá fora chove
Chove abundantemente
E nós aqui
Um para o outro
De mãos dadas
Estamos quentinhos
Sentímo-nos bem
Mesmo que longe
Estamos frente a frente
Olhos nos olhos
A sentir a falta que o outro faz
Lá fora chove
Chove mesmo muito
Por cada gota
Um desejo
Um sentimento
Uma lágrima disfarçada
Saudade que aumenta
Que não passa
É que quanto mais longe
Mais perto estamos
Em que tudo se intensifica
Onde a brisa parece o toque
E o cantar das aves a tua voz
Um desfile de recordações
A cada gota que escorre pela janela
Não há frio que entre
Que penetre a nossa pele
Vestimos roupa de amor
Que nos aquece
Que nos aconchega
Enquanto lá fora chove

Carlos Santana