Passarinho
Umas vezes inocente
Outras endiabrado
Mas sempre simples
Não me tentes prender
Que sofro
Que morro
Deixa-me livre
Que te encanto
Que te mimo
Não sou de justificações
Tão pouco de ficar quieto
Amigo de verdade
Fiel à minha palavra
Escuta o meu cantar
E vais ver que não muda
Consistente
Presente
Diferente
Um bater de asas incansável
Tal como a mão que um dia ofereci
Continua aqui
Esticada
Como as asas que me fazem voar
Abertas
Minhas
Tuas
De quem delas precisar
Só não me prendas
Que me matas
Carlos Santana