Verde

Verde

Cor de esperança

Como me encanta

Perco-me no teu olhar

Nesses olhos verdes

O encanto se revela

Um universo profundo

Onde a alma resplandece

No verde esmeralda

O mistério que se entrelaça

Teus olhos, são a aurora a despertar

Numa dança sutil

Entre a luz e a sombra

Desvendam segredos

Como um livro que assombra

Cada pestanejar

Uma página a se desfolhar

Histórias de amor que teus olhos vão contar

Nos círculos verdes do teu olhar

Encontro a serenidade

A paz que me embalar

São jardins secretos

Onde flores desabrocham

Onde borboletas dançam

Enquanto os sonhos se desenrolam

O verde dos seus olhos

São como os mares onde me perco

Profundos e intensos

Neles, encontro portais para mundos além

Onde a magia acontece e a realidade se detém

Carlos Santana 

 

Escrevo só porque sim

Escrevo só porque sim

Porque posso

Porque quero

Porque está escrito em mim

Na pele 

Na alma 

Em todo o lado

Não são palavras ao vento

São sentimentos

Sentimentos de quem sente

E eu sinto tanto

O sorriso que retorna

Aquela alegria interior

Que não se explica

Mas que nos faz bem

Tão bem, que se volta escrever

Aquela necessida de mandar cá para fora

Tudo o que nos invade por dentro

Sem medos

Sem vergonhas

Da ponta afiada da caneta

Saem as mais belas palavras

Aquelas que conhecemos e sabemos

E com as quais tentamos dizer o que sentimos

Mas não há palavras que cheguem

E outras ainda nem foram criadas

Sei o que sinto

Sei o que quero

Sei o que estou disposto a fazer

Mas faltam-me as palavras para o descrever

Carlos Santana 

 

Quando menos se espera

Quando menos se espera

A magia acontece

Tudo se transforma

Tudo floresce

Os passarinhos cantam

Aquela melodia que inebria

Que nos enlouquece

Ela passa

Linda por dentro

Interior puro

Sorri com os olhos, com os lábios

Arrasa comigo

Desarma-me

A armadura cai

Peito aberto

Cabeça erguida

Vamos em frente

Sem medos

Sem temores

Viver a vida

Dar tudo por tudo

Não é de faz de conta

É de verdade

Não é assim assim

É tudo ou nada

Porque esta é a hora

A hora do abraço

A hora do beijo

A hora do sorriso

A hora de amar

Carlos Santana 

 

Nas batalhas da vida, ela enfrenta o desconhecido

Nas batalhas da vida, ela enfrenta o desconhecido

Uma mulher de coragem, que nunca se dá por vencida

Ela traça seu próprio caminho

Lutando noite e dia  contra ventos fortes

Desafios são mais que muitos

Mas ela não desiste

Com força e perseverança

Sempre persiste

Esteja onde estiver

Ela brilha com destaque

Conquista espaços 

Não há obstáculo que a abale

Nas batalhas da igualdade

Ela é a voz presente

A sua paixão é inquebrável

Tornando o mundo mais estável

Nas batalhas do amor

Com ternura e compreensão

Ela constrói relações sólidas

Cheias de gratidão

Sua vulnerabilidade é sua força

Sua empatia

Nas vitórias do coração

Encontra harmonia

E quando a vida a desafia 

Com obstáculos sem fim

Ela ergue-se, sem recuar

Nas batalhas e vitórias, ela é a protagonista

Uma mulher incrível, forte, determinada e otimista

Carlos Santana 

 

Vocês sabem lá

 Vocês sabem lá

Não sabem do que falam

Estar sózinho

Não é estar só

Não é estar preso

Não é não saber o que fazer

Não são correntes

Nem tão pouco ser largado ao abandono

É precisamente o oposto

É aprender

Aprender a sentir

Tudo aumenta

Tudo cresce

Tudo renasce

É entender

Entender o que nos rodeia

Que só podemos contar connosco

Que só dependo de mim

É gostar

Gostar de estar comigo

Da minha companhia

Que sendo tudo o que tenho

É tudo o que preciso

Ganhamos asas

Livres como pássaros ao vento

E quando finalmente entendemos 

Que só precisamos de nós para ser felizes

Abrimos as asas

Permitimos que outros se recolham em nós

Que sejam felizes ao nosso lado

Carlos Santana 

Vive a vida

Vive a vida

Como se já vida não houvesse

É curta demais

Uma brisa

Um já passou

O momento que se vive

Que se perde

O que se diz

O que se cala

Mas a vida é tão curta

Para quê calar?

Gritem

Dancem

Riam

Andem nús se preciso for

Mas vivam

Vivam a vida que desejam

Aquela que querem

Não vivam a vida dos outros

Não percqam tempo com isso

Porque tempo não temos

Ter prazer nas pequenas coisas

Aquelas que se podem tornar grandes tudos

Tenham a certeza do que fazem

Que isto não dá para passar a limpo

Errem

Recomecem

Porque a verdade é só uma

Só existe uma maneira de viver

É viver sem medo de viver

Carlos Santana 

 

Passarinho

 Passarinho

Umas vezes inocente

Outras endiabrado

Mas sempre simples

Não me tentes prender

Que sofro

Que morro

Deixa-me livre

Que te encanto

Que te mimo

Não sou de justificações

Tão pouco de ficar quieto

Amigo de verdade

Fiel à minha palavra

Escuta o meu cantar

E vais ver que não muda

Consistente

Presente

Diferente

Um bater de asas incansável

Tal como a mão que um dia ofereci

Continua aqui

Esticada

Como as asas que me fazem voar

Abertas

Minhas

Tuas

De quem delas precisar

Só não me prendas

Que me matas

Carlos Santana 

Forte se faz favor

Forte se faz favor

Intenso

Cheiroso

Saboroso

Assim é o café

Assim deveriam ser os sentimentos

Assim temos que ser nós

Chega de meios termos

De coisas sem sabor

Fraquinhas

Aquele assim assim

Que não nos leva a lado nenhum

Pode ser um ano

Uma hora

Apenas um momento

Mas tem que ficar marcado

Na pele

No corpo

Na mente

Aquilo que se faz

Tem que ser real

Com fervor

Pelo prazer de fazer 

De dar

De estar

Provocar um arrepio 

Um sorriso

Um pensamento

Por isso que seja verdadeiro

Que seja aqui e agora

Carlos Santana 

 

Sou livro aberto

Sou livro aberto

Nada a esconder

Mas não me tentes ler

Nem tão pouco fechar

Sou luz

Sou ar

Sou nada

Sou tudo

Sou o que sou

Como sou

Quando sou

Páginas em branco

Prontas a serem escritas

Reescritas

Quem sabe?

Nem eu 

Nem tu

Um velho livro aberto

Numa velha mesa

Numa vida que já vai a meio

Que se quer vivida 

E nunca contida

A minha história

Escrevo eu

Escrevo a tinta

Que tempo não tenho

Tenho sede de viver

De virar a página

De escrever muito mais

De apenas ser eu

Carlos Santana 

 

Escuta

Escuta

Escuta bem

Esta canção que toca

É a canção da vida

Uma canção que tens que dançar

Não podes parar

Podes descansar

Podes sonhar

Podes sorrir

Mas parar?

Nunca

Isto passa  depressa

Tão depressa

Que nem damos conta

E quando nos apercebemos

A melodia chegou ao fim

Por isso cada nota

Cada pausa

Cada compasso

São para ser vividos

Dançados

De forma intensa

Única

Porque é a nossa música

A nossa canção

Tão nossa

Só nossa

Uma rapsódia

Que só nós escutamos

Que só nós vivemos

Carlos Santana 

 

É assim que tem que ser

É assim que tem que ser

Cabeça erguida

Sorriso nos lábios

Enquadramento perfeito

Viver sem medos

Viver intensamente

Simplesmente viver a vida

Abraçar novos projectos

Mergulhar de cabeça

Arriscar

Agora estamos aqui

Amanhã...

Quem sabe?

Rir feito louco

Porque louco eu sou

Os ditos normais

Que cinzentos que são

Sem sabor

Sem cheiro

Sem vida

E eu cheio de tudo

Tanto para fazer

Tanto para dar

E aqui estou eu

De peito aberto

A rir à gargalhada

Porque a vida é só uma

Temos que nos lambuzar

Temos que rir

Rir como se não houvesse amanhã

Carlos Santana 

 

Toca-me

Toca-me

Sente-me

Sou de carne

Sou de osso

Estou aqui

Por ti

Por mim

Sentimentos que se sentem

Sentem tudo

Sentem tanto

Sentem nada

E o nada é tudo

Tiras-me do sério

Dás comigo em louco

Não consigo pensar

Raciocínio lento

Como se estivesse turvo

Mas eu aqui estou

Onde me deixaste

Sem medos

Aquela pessoa inocente

Sem maldade

Com um brilho no olhar

Um sorriso nos lábios

De braço esticado

Mão aberta

Podes agarrar

Segurar com força

A certeza é só uma

Eu não largo...

Carlos Santana 

 

Perna cruzada

Perna cruzada

Livro na mão

Estou sem estar

Vejo sem ver

E sem pensar

Penso...

Penso no que é

No que poderia ter sido

No que nunca foi

Um fumo imaginário

Que sai deste cigarro que não existe

Invade o ar

Penetra o meu ser

Aqui sentado

Sossegado

Não me meto com ninguém

Apenas observo

Deixo a vida seguir

Vivo vivendo

De forma intensa

Porque isto passa depressa

Mais um livro lido

Mais um livro escrito

Mais uma vida vivida

Porque é disto que se trata

Viver por nós

Não para os outros

Não pelos outros

E muito menos deixar 

Que sejam os outros a viver por nós

Carlos Santana 

 

Ontem à noite

Ontem à noite

Lembrei-me de ti

Olhava pela janela

Um olhar distante

Ausente

Via as estrelas

Sem as ver

Um sorriso nos lábios

A vontade da tua presença

Aquele sabor agridoce

Nem bom 

Nem mau

Diferente

Um travo a nada

Uma pitada de tudo

Pensamentos distantes

Mas tão próximos

Que quase te posso tocar

Que quase te posso sentir

Cheirar

Ouvir

Não sei onde

Não sei como

São marcas que ficam

Que deixaste

Quero ir

Quero partir

E ao mesmo tempo ficar

Tudo isto numa só palavra

Saudade

Carlos Santana 

 

Um velho farol

Um velho farol

Aquele que sempre existiu

Que sempre ali esteve

Não desapareceu

Continua lá

Pronto para tudo

Para o que der e vier

Não se mexe

Não muda

E a palavra que dá

Aquela que já deu

Continua

É porto seguro

É luz na noite escura

Buzina no nevoeiro

Não é de ninguém

E ao mesmo tempo

É de todos

O tempo passa

A tinta cai

Mas a essência

Essa fica

Não é para qualquer um

É para quem dá valor

Para quem sabe o que quer

A salvação à distância de um braço

De uma braçada

Basta ver

Basta ouvir

Basta apenas estar atento

Carlos Santana 

 

Novos caminhos

Novos caminhos

Por onde nunca passámos

Vamos à descoberta

Ver onde nos levam

O que escondem

Dar o primeiro passo

Não parar

Nem tão pouco olhar para trás

Quem quiser que venha

Lado a lado

Uma boa conversa

Uma boa companhia

Sorrisos à desgarrada

São caminhos únicos

Como se fossem pessoas

Temos que ver aquilo que nos rodeia

Conseguir ver a beleza 

Senti-la

A cada curva

A cada árvore

A cada animal que passa por nós

Interiorizar 

Uma caminhada com determinação

Parar não é opção

São caminhos da vida

Que a vida é para ser vivida por nós

Não pode ser outro a fazê-lo

São as nossas escolhas

Que nos trouxeram até aqui

Estamos a escrever a nossa história

Carlos Santana 

 

Que vontade

Que vontade

De te abraçar

De olhar para ti

De sentir o teu perfume

De simplesmente te beijar

Encostada a mim

Nos meus braços

A receber os meus carinhos

Tocar-te

Mimar-te

Dar-te o que queres

O que precisas

O que eu tanto desejo

São vontades

Que tenho dentro de mim

Que levo comigo

Onde quer que vá 

Onde quer que estejas

Um louco

Um sonhador

A viver sonhos

De olhos abertos

Em busca

À espera

Corro

Paro

Abraço

Quero

Tenho

Beijo

Carlos Santana