segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Que não me falte a tinta





Que não me falte a tinta
Que pena eu tenho
E escrevo sem parar
Porque os sentimentos afloram
Encho páginas e páginas
Do que me alegra
Do que me deixa inseguro
Do que me faz feliz
Do que me tira o sorriso
Seja com luz natural
À luz da vela
Ou mesmo sem luz
Eu escrevo
Só porque sim
Porque posso
Porque quero
Porque mando tudo cá para fora
Para não rebentar
Para não calar
Um poeta louco
Ou um amante tonto
Que sente demais
Que vive demais
Que ama demais
Um amor lacrado há muito
Com troca de votos
Com troca de alianças
Que valem o que valem
Porque o real valor está nas acções
Nas nossas atitudes
Que não me falte a tinta
Que pena eu tenho

Carlos Santana





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