Erguido lá no alto
Com uma vista desimpedida
Até onde os olhos conseguissem alcançar
Foste castelo altaneiro
De muralhas impenetraveis
Controlavas o rio que lá em baixo serpenteava
Eras dono e senhor de tudo o que avistavas
De portas sempre abertas
Para receberes quem viesse por bem
Deste abrigo e comida a muitos
E muitos vistes partir para não mais regressarem
Viste a vida crescer dentro de ti
Em cada criança aí nascida
Viste a vida ser ceivada
Aos que te tentaram invadir
Mas os tempos mudam
E todos foram partindo
Até ficares só tu
Sozinho e abandonado
Sonhando com tempos passados
Glórias idas que já não voltam
E nem deste por ela
As intempéries foram deixando as suas marcas
Aos poucos foste ruindo
Parte da tua beleza foi desaparecendo
Abrigo pouco podes dar
Segurança pouca ou nenhuma
Mas continuas imponente
De bases sólidas
Pronto a ser reconstruido
Sabes castelo, no fundo, estou como tu
Carlos Santana
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