segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Sou ave noturna



Sou ave noturna
O ceu como teto
A Lua como concelheira
Um espelho de agua como chão
Um voo esplenduroso
Asas abertas para ti
Uma solidão imensa na tua ausência
Rasgo os céus à tua procura
Pergunto à Lua onde errei
Mergulho na agua cristalina
Disfarço as minhas lágrimas
Lavo o meu corpo
Penas impermeaveis a tudo
Penas impermeaveis a todos
Volto a erguer-me
Volto a voar
Cabeça erguida
Corpo sofrido
Não sou patinho feio
Sou cisne em transformação
Acredito em mim
Sei do que sou capaz
Se duvidas das minhas palavras
Foi porque nunca acreditaste nelas
Foi porque nunca acreditaste em mim
Mas sigo em frente
Bato asas como se não houvesse amanha
Como se o ontem já não existisse
Porque o que realmente importa
É aproveitar o momento
É deciar-me com o instante
Quero viver
Nem que seja um instante num momento
Ou um momento num instante

Carlos Santana

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